A Medalha do Mérito Theodomiro Santiago tem por objetivo agraciar pessoas que prestaram relevantes serviços à engenharia nacional ou que reconhecidamente se tornaram credores de homenagem da Universidade Federal de Itajubá.
É com grande satisfação que a FTS e a ADUNIFEI Nacional anunciam os nomes do Ex-Aluno Joel Mendes Rennó (Turma de 1960) e do Ex-Professor Djalma Brighenti para serem agraciados com a medalha neste ano de 2021.
Joel Mendes Rennó
Joel Mendes Rennó nasceu em Belo Horizonte no dia 23 de fevereiro de 1938, filho de João Batista Cabral Rennó ( Ex aluno do IEI da turma de 1931) e de Elza Mendes Rennó, casou-se com Magali Monzo Rennó, com quem teve dois filhos, Joel Mendes Rennó Jr e Juliana Rennó. Atualmente é o único Brasileiro vivo que foi presidente das duas maiores estatais do Brasil: A Vale do Rio Doce, hoje privatizada e a Petrobrás, mas antes disto , quando era ainda um estudante de Engenharia de Itajubá , foi locutor de rádio e vocalista do conjunto musical “Os Universitários”. Depois de formado foi bolsista do governo Japonês, fez curso para Executivo do Setor Elétrico, patrocinado pela Eletrobrás, durante 8 meses na mais antiga Universidade de Engenharia dos Estados Unidos – Renselaer Polithenic Institut – RPI – Estado de Nova York e foi também professor na cadeira chamada Estações Elétricas Geradora na Universidade Mackenzie em São Paulo.
Diplomou-se em engenharia elétrica e mecânica em 1960, pelo Instituto Eletrotécnico de Itajubá (IEI) e atual Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI), Transferindo-se para São Paulo, trabalhou inicialmente na empresa AEG-Telefunken, empresa de origem alemã, maior fabricante nacional de transformadores e equipamentos de subestações elétricas na época.
Em seguida, trabalhou no Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) de São Paulo, e posteriormente ganhou uma bolsa de estudos do Governo Japonês em que visitou indústrias, fábricas de equipamento e ajudou no planejamento de usinas hidrelétricas no Japão.
Retornando ao Brasil foi indicado pelo DAEE, aos 28 anos , tornando-se chefe de Gabinete do Secretário de Obras do Estado de São Paulo, órgão coordenador dos setores de energia e saneamento do Estado.
Além disso, fez parte da Diretoria da Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL), quando esta era subsidiária das Centrais Elétricas Brasileiras (Eletrobrás) e trabalhou também na área de Planejamento da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo- SABESP.
Ademais foi, assessor técnico especial do ministro das Minas e Energia, Shigeaki Ueki, a partir de 1975, quando participou de trabalhos de acompanhamento junto a empresas ligadas àquela pasta, entre as quais a Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), a Petróleo Brasileiro (Petrobras) e a Eletrobrás.Em abril de 1978 assumiu a presidência da CVRD e permaneceu a frente da estatal até março de 1979, ao final do governo do general Ernesto Geisel.
Após isso, em 1983, ingressou na Petrobras, assumindo a direção da subsidiária Braspetro, tornando-se em seguida seu vice-presidente executivo. Nesse período, promoveu a dinamização da subsidiária, expandindo suas atividades de exploração e produção de petróleo por vários países, como Angola, Iêmen do Sul, Índia e República Popular da China. Posteriormente, ocupou o cargo de vice-presidente executivo de outra subsidiária da estatal, a Petrobras Química (Petroquisa), responsável pela implantação e desenvolvimento do setor petroquímico brasileiro. Paralelamente, entre 1983 e 1986, foi membro do Conselho da Administração, diretor executivo e diretor de produção da Petrobras. De 1987 a 1992, atuou na iniciativa privada como consultor de empresas nos setores elétricos, de mineração e siderúrgico.
Em novembro de 1992, Rennó assumiu a Presidência da Petrobras, cargo que ocupou por quase sete anos —, atravessando o governo de Itamar Franco e todo o primeiro mandato presidencial de Fernando Henrique Cardoso. Deixou a presidência da estatal em março de 1999, já no segundo governo de Fernando Henrique, retornando à iniciativa privada, quando passou a se dedicar à sua empresa de consultoria nas áreas de petróleo, petroquímica e energia.
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Djalma brighenti
Nascido na cidade de Guariba, no Estado de São Paulo aos vinte e oito de fevereiro de 1936 tem sua vida acadêmica e profissional intrinsicamente ligada à UNIFEI.
Vida Acadêmica
Diplomado em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal do Paraná em 1965, teve seu diploma reconhecido pela Universidade de Karlsruhe na Alemanha em 1970. Obteve seu título de Mestre em Ciências em Engenharia Mecânica em 1970 e o título de Livre Docência em 1974, ambos na Escola Federal de Engenharia de Itajubá.
Realizou cursos de aperfeiçoamento, especialização e pós-graduação na Escola Federal de Engenharia de Itajubá – atual UNIFEI, na Universidade de Karlsruhe – Alemanha, no Instituto Técnico de Aeronáutica – ITA, na Universidade Federal de Minas Gerias – UFMG, na Fundação de Pesquisa e Assessoramento à Industria – FUPAI, no MEC/SENAI, no GOETHE Institut – Alemanha e na Escola Superior de Guerra – ESG. Cursos sobre máquinas de fluxo, turbinas à vapor e gás, bombas e ventiladores, mecânica dos fluidos, refrigeração, bombas hidráulicas, gestão da qualidade, curso superior de guerra, entre outros.
Vida Profissional
Entrou para a carreira do magistério em 1966, galgou as categorias, passando de auxiliar de ensino, para professor assistente, depois, professor adjunto até assumir como professor titular em 1975, tendo se aposentado em 1993. Ministrou aulas na Universidade Federal de Itajubá – UNIFEI, e em outras instituições como: Faculdade de Engenharia de Guaratinguetá – FEG, Instituto Nacional de Telecomunicações de Santa Rita do Sapucaí – INATEL e Faculdade de Engenharia Civil de Itajubá – FECI, tendo concedido cursos de graduação e pós-graduação como: Máquinas hidráulicas e Térmicas; Sistemas Fluidomecânicos; Mecânica dos Fluidos; Mecânica Aplicada; Ensaios com Máquinas; Resistencia dos Materiais; Elementos Básicos de Turbomáquinas; Máquinas de Fluxo Frias; Fenômenos de Transportes; e Mecânica Geral. Realizou estágios técnicos entre os anos de 1960 e 1971 em Sondas de Fio Quente na Escola de Engenharia de São Carlos, Máquinas de Fluxo na Alemanha, Fabricação de Caixa de Câmbio na Mercedes Bens em São Bernardo do Campo e Forno de Esmaltação Continuo nas Indústrias Pereira Lopes em São Carlos.
Além disso, realizou relevantes serviços na UNIFEI assumindo diversas funções administrativas, tendo sido chefe de gabinete da diretoria geral na gestão de 1977, coordenador administrativo até assumir a chefia do LHPCH (Laboratório Hidráulico de Pequenas Centrais Hidrelétricas), chefe do laboratório de máquinas hidráulicas, diretor da divisão administrativa, chefe do departamento de mecânica, chefe do programa de engenharia mecânica da coordenação dos cursos de graduação, dentre muitas outras funções, além de ter colaborado em muitas funções da FUPAI ( Fundação de Pesquisa e Assessoramento a indústria) até assumir a presidência da fundação. Ademais, tem uma extensa gama de publicações realizadas em revistas técnicas renomadas, além de ter sido orientador de dissertação dos alunos de mestrado em engenharia mecânica; participado em mais de 20 bancas examinadoras de dissertação e projeto e de comissões julgadoras de concurso público para livre docência; e de ter participado de 13 seminários e congressos.