Reflexão Matemática

Muito tem se falado sobre o baixo nível de aprendizado dos alunos do ensino básico brasileiro. Quando se fala especificamente sobre matemática, observa-se que este tema se transformou em um grande desafio para as escolas e professores já há algum tempo.

No exame do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA) de 2015, avaliação comparada de estudantes dos países participantes do ensino fundamental da faixa etária de 15 anos, concluiu-se que 70,3% dos estudantes brasileiros estão abaixo do nível 2 em matemática, patamar mínimo necessário para o estudante exercer plenamente sua cidadania. Esse patamar foi estabelecido pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que é o órgão que coordena o PISA.

No Brasil, após a divulgação dos resultados do Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB) de 2017, uma das conclusões apontadas é que após 12 anos de escolaridade, cerca de 70% dos estudantes terminam a Educação Básica sem conhecimentos mínimos de Matemática. Resultados positivos são obtidos com os alunos do 5º ano, mas a situação nacional no Ensino Médio encontra-se praticamente estagnada desde 2009. Assim, observa-se que os índices de medição não demonstram resultados promissores quanto ao desempenho dos alunos brasileiros, principalmente nos anos finais do ensino fundamental e no ensino médio. Então, o que se pode fazer, além de cobrar os responsáveis?

Outro dia, vimos uma reportagem de um senhor, engenheiro aposentado, que resolveu dar aulas de reforço no banco da praça, e os alunos começaram a aparecer de todo lado. Esta pode ser uma boa inspiração! Se cada um de nós, ex-alunos da Unifei “adotarmos” um aluno de matemática com dificuldades, já serão 11000 crianças e adolescentes melhores em matemática e que terão condições de compreender melhor o mundo e possibilidades maiores de se tornar um profissional bem-sucedido! Fica a dica, pois ousar é fazer.