ENTREVISTA DO REITOR DA UNIFEI- PROF. EDSON DA COSTA BORTONI AO JORNAL ITAJUBÁ NOTICIAS EM 21/07/2021

Pergunta 1 –  Que análise o Senhor faz da Eleição da Unifei.

Reitor: De acordo com a lei 9192/1995 e o Decreto 1916/1996, uma lista tríplice deve ser elaborada pelo conselho superior e a documentação de todo o processo deve ser encaminhada ao MEC para o presidente da República possa nomear o reitor e o vice-reitor. A Elaboração da lista tríplice deve ser feita através de votação uninominal e os três candidatos mais votados deverão compor a lista. No caso da Unifei, o presidente da República, Jair Bolsonaro, me nomeou, que por votação realizada no conselho universitário, fiz parte da lista tríplice.

Pergunta 2 – Como Está o andamento das aulas remotas?

Reitor: As aulas remotas passaram por um processo de evolução. Quando todos os professores foram pegos de surpresa no ano passado e houve esta alteração abrupta da aula presencial para a aula remota com certeza houveram dificuldades neste período de transição no primeiro período de 2020. Já no segundo período começou a melhorar, principalmente a adaptação à essa nova realidade. Também houve um terceiro semestre que aconteceu em janeiro, fevereiro e março de 2021. No primeiro semestre deste ano vimos que muitos problemas que existiam no ano passado não existem mais. Nossos professores estão adaptados. Houve um grande esforço por parte deles para atender seus alunos nesta maneira remota que é mais trabalhosa do que a presencial.

Pergunta 3 – Já há uma data prevista para o retorno das aulas presenciais?

Reitor:  A tendência é que façamos um retorno gradual. Algumas disciplinas são muito importantes para a formação dos nossos alunos que não podem ser feitas de maneira remota como laboratórios, uso de softwares específicos que só existe dentro da UNIFEI. Algumas disciplinas de professores que realmente não se adaptaram ao ensino remoto. Nós queremos dar uma oportunidade para que essas aulas possam ser feitas de maneira presencial. Mas, em qualquer caso, considerando um protocolo de biossegurança que já foi aprovado pelo Conselho Administrativo como uso de álcool em gel, distanciamento social e demais questões. É um protocolo bem completo.  A tendência é que no segundo semestre tenhamos um retorno gradual, da ordem de 20% das matérias ofertadas. Lembrando que isso não será feito sem uma conversa com a Prefeitura. Vivemos um momento excelente onde todos os líderes da cidade estão unidos no combate a pandemia. Todos os envolvidos na mesma causa. Prefeito, vice-prefeito, órgãos civis e militares. Pretendemos também neste retorno pedir para que os alunos cumpram de 15 a 20 dias no mínimo uma espécie de quarentena.

Pergunta 4 – O que está funcionando na UNIFEI neste momento?

Reitor: A UNIFEI não parou de funcionar em nenhum momento. Mesmo que remotamente os professores estão dando aula. Quanto aos funcionários houve uma espécie de rodízio. Pelo menos uma pessoa em cada órgão tem que trabalhar presencialmente. A UNIFEI não pode ficar vazia. O número de pessoas que trabalham presencialmente na UNIFEI tem aumentado. Temos cerca de 200 funcionários atualmente (contanto com Itabira).

Pergunta 5 – Quando estavam acontecendo as aulas presenciais quantos alunos da UNIFEI circulavam pelo campus Itajubá.

Reitor: Em Itajubá em torno de 5 mil alunos e em Itabira 2500.

Pergunta 6 – Como foi e está sendo o relacionamento entre professores e alunos no sistema remoto de ensino?

Reitor: Existe todo tipo de relacionamento. Existem os professores “versados” em EAD e eles tem um relacionamento muito bom com os alunos. E teve alguns professores que precisaram se readaptar a este sistema.

Pergunta 7 – Como foi o impacto na pandemia na rotina da UNIFEI?

Reitor: O impacto foi grande e forte. Migrar do ensino presencial e remoto gera uma grande mudança. Felizmente houve uma adaptação muito rápida. A UNIFEI foi umas das primeiras do BRASIL a se adaptar a este novo sistema.

Pergunta 8 – Fale sobre a parceria entre a UNIFEI e PETROBRÁS para o laboratório avaliado em R$ 250 milhões. Qual a importância deste projeto para Itajubá? Há outros projetos em vista?

Reitor: Isso é uma grande conquista para a nossa universidade. Por que este recurso não foi investido no Rio de Janeiro, Espírito Santos próximos aos campos de petróleo, mas sim em Itajubá?  Porque Itajubá é conhecida pela sua característica de revelar mais por atos do que por palavras como dizia nosso Fundador Theodomiro Santiago. Especificamente neste laboratório financiado pelo Consórcio de Libras junto da Petrobrás e outras empresas além do professor Marcos Aurélio que permitiu a construção deste laboratório. Um laboratório que simula as funções do pré-sal (temperatura) de modo que estes equipamentos possam ser desenvolvidos pela indústria nacional antes de serem testados aqui. Então para Itajubá isso é muito gratificante porque definitivamente coloca nossa cidade no mapa do petróleo no país, de aproveitar um recurso natural existente. E existem outros projetos de vista como de hidrogênio, alta potência (laboratórios).

Pergunta 9 – Dos serviços da UNIFEI durante a pandemia, quais deles não há possibilidade de ser remoto e tem que ser presencial?

Reitor: O que ficou presencial mesmo foi o atendimento aos alunos, serviços de saúde aos servidores com atendimento presencial o tempo todo (psicólogos, enfermeiros). A Pró-Reitoria de Administração também funcionou o tempo todo. Segurança, limpeza e obras também. Outra coisa importante: A administração e reitoria em nenhum momento ficou remota. Tudo presencial.

Pergunta 10 – Trabalho voluntário entre alunos e a comunidade. Como estão estes trabalhos?  estão paralisados devido a pandemia?

Reitor: Sim tem acontecido e deve ser incrementado. A legislação exige que 10% da carga horária do estudante seja usada em extensão. Estamos com um projeto na Prefeitura para que os alunos da UNIFEI possam usar todo os 10% em obras junto a comunidade. Vai ter um grande trabalho vindo por ai oferecendo para os nosso estudantes do ensino fundamental usando a estrutura do Itajubá Tênis Clube (ITC) oferecendo um contraturno. Se o aluno estuda de manhã, a tarde ele vai ter um trabalho lá voltado para a questão tecnológica, esporte, psicológica, empreendedorismo.

Pergunta 11- Tivemos acesso a informação de que a UNIFEI teve um corte de R$ 5.8 milhões dos recursos discricionários. Uma redução de mais de 16% além do bloqueio de R$ 4 milhões (14% do orçamento deste ano). Procede estes dados? Comente.

Reitor: Procede, mas já foi retornado. Isso não foi um corte, mas um contingenciamento. Houve um contingenciamento dos recursos da UNIFEI, mas 40% dele já foi devolvido com uma data prevista dos 60% restantes. Nós tivemos que nos readaptar a este contingenciamento.

Pergunta 12 – “O que está por vir daqui para frente”. Como o senhor analisa o efeito pós-pandêmico na UNIFEI?

Reitor: Eu acho que o ensino remoto é uma tônica que vai ser bastante importante porque o EAD já existe desde a década de 1990. Só que poucos professores investiam nesta tecnologia. Há de se fazer uma diferença entre ensino remoto e ensino a distância. O ensino remoto é você fazer o que fazia em sala de aula. Já a distância são técnicas modernas de ensino que pretendem maximizar o ensino remoto. Aqui nós temos o SEDUC, estrutura própria para atender a distância. Isso vai fazer a grande diferença. A tendência é aumentar o ensino a distância nas matérias presenciais.

Mensagem final Reitor: A Atual gestão está trabalhando com ousadia e espírito empreendedor, em prol da educação pública de qualidade, da ciência e do desenvolvimento humano, social e econômico. Estamos abertos a contribuições de toda a comunidade, através de um processo participativo e representativo de gestão pública. Os desafios são enormes, mas confiamos muito na dedicação, ética e espírito de unidade de nossos professores, servidores técnicos administrativos e estudantes. Só há um caminho para que a universidade tenha sucesso em suas contribuições para a sociedade, esse caminho é a união dos esforços para o desenvolvimento do nosso país.

Com apoio do MEC, UNIFEI é credenciada pela EMBRAPII para desenvolver projetos de inovação com a indústria brasileira

Entre as diversas áreas em que os projetos podem ser desenvolvidos, a UNIFEI foi credenciada pela EMBRAPII para projetos de Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica, incluindo Renováveis. 

No dia  06 de julho, foi publicada, no site do Ministério da Educação (MEC), a notícia sobre o credenciamento de oito novos grupos de pesquisa das universidades federais para desenvolverem projetos de inovação com a indústria brasileira.

 A Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (EMBRAPII) vai disponibilizar R$ 15 milhões, não reembolsáveis, para as novas unidades. A meta é gerar 75 projetos e cerca de R$ 36 milhões em investimentos de inovação, contando com a contrapartida financeira por parte do setor empresarial.

Entre as diversas áreas em que os projetos podem ser desenvolvidos, a Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI) foi credenciada para projetos de Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica, incluindo Renováveis. Segundo o secretário de Educação Superior do MEC, Wagner Vilas Boas de Souza, o Ministério ampliou fortemente o apoio às unidades da EMBRAPII nas universidades federais por entender que esse modelo da união de esforços entre academia e empresas é fundamental para o processo de desenvolvimento do país.

Com esse novo credenciamento, passa para 26 o número de unidades EMBRAPII em 23 universidades federais, que estão à frente de 310 projetos, de 197 empresas apoiadas, somando R$ 473 milhões em investimentos.

O projeto da UNIFEI

O projeto encaminhado pela UNIFEI e aprovado para credenciamento é da área de Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica, incluindo Renováveis, mais especificamente nas linhas de Geração Distribuída com Fontes Alternativas e Automação de Sistemas Elétricos de Potência.

A equipe é composta por 25 docentes de diversos grupos de pesquisa, coordenados pelo professor Dr. José Policarpo Gonçalves de Abreu. A experiência prática em projetos de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) e a relevância acadêmica dos professores, alunos e técnicos da UNIFEI foram destacados no projeto apresentado.

Também foram destaques na proposta a infraestrutura laboratorial; os resultados alcançados no ensino, pesquisa e extensão; o consolidado ecossistema de inovação de Itajubá, do qual a UNIFEI faz parte; a tradição centenária da Universidade e o sucesso da união dos esforços entre governo, empresas e academia em prol do desenvolvimento regional e nacional, comprovado pelos vários projetos já conduzidos nesse arranjo.

O reitor da UNIFEI, professor Edson da Costa Bortoni, que também é pesquisador do grupo credenciado pela EMPRAPII, afirmou que “essa conquista é muito importante para que a nossa Universidade possa contribuir ainda mais para o desenvolvimento econômico e social do Brasil” e que “os projetos e experiências que serão desenvolvidos vão trazer grandes oportunidades para toda a comunidade UNIFEI”. Ele parabenizou “todos os envolvidos que trabalharam muito para alcançar esse resultado”.